Saturday, July 25, 2009

Polícia adota laboratório móvel contra mistura entre drogas e direção no Rio


Depois do bafômetro, a polícia do Rio vai trabalhar com um Laboratório Móvel de Toxicologia para coibir a mistura entre drogas e direção, além de promover campanhas em locais com grande concentração de pessoas, principalmente jovens, como raves e micaretas. Durante as ações, os peritos farão exames capazes de detectar diferentes substâncias tóxicas.

"Dois exames poderão ser feitos no laboratório móvel. Primeiro será feita uma avaliação clínica de embriaguez. Depois, é feita a análise toxicológica. Basta o motorista cuspir em um tubo que haverá identificação imediata da presença de drogas ilícitas no organismo", disse o pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Jefferson José Oliveira da Silva, coordenador do projeto.

Segundo ele, o laboratório poderá identificar diferentes drogas, como álcool, maconha, cocaína, ecstasy e LSD. A expectativa é que o laboratório realize o primeiro trabalho daqui a 15 ou 30 dias. "As pessoas que fizerem uso de drogas ilícitas com certeza serão pegas", afirmou o pesquisador.

Silva disse ainda que, inicialmente, os exames não serão obrigatórios. "Porém, se um especialista identificar um cidadão com suspeitas de embriaguez, ele pode ser detido e obrigado a realizar o exame de análise toxicológico."

A Fiocruz informou que o objetivo do projeto --Estudo do Impacto do Uso de Álcool e Psicotrópicos nos Incidentes de Trânsito-- é abordar apenas motoristas. "A intenção é colocar o laboratório móvel em estradas e próximo a grandes eventos".

O laboratório móvel é equipado com geladeira, refrigerador, ar condicionado, gerador elétrico e alguns outros instrumentos necessários para fazer o transporte adequado das amostras coletadas durante a assistência. Segundo a Fiocruz, a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) doou o carro à Polícia Civil do Rio e, com os recursos do projeto, o veículo foi equipado.

O carro será devolvido à Polícia Civil na tarde desta quinta-feira. Segundo o coordenador do projeto, outro veículo já está em fase de processamento na Fundação

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