Oakland, na Califórnia, é vanguarda na regulamentação da planta
A cidade de Oakland, na Califórnia, aprovou na terça-feira a permissão para a existência de fazendas de maconha de tamanho industrial. A localidade se mantém na vanguarda da legalização do uso medicinal da maconha em todos os aspectos, da tributação para o comércio à sindicalização de trabalhadores com a droga,
Depois de horas de debates, o conselho municipal aprovou por 5 votos a 2 a permissão de grandes plantações de maconha. A cidade está sem dinheiro, enfrenta um déficit de 31 milhões de dólares e tem uma taxa de desemprego de 17%. O negócio pode trazer 38 milhões de dólares anuais para a cidade em taxas e impostos.
“Enquanto a indústria continua a crescer, sabemos que outras cidades estão de olho nisso”, disse a vereadora Rebecca Kaplan, candidata à prefeitura. “É importante para Oakland ser parte vital desse crescimento.”
A cidade tem sido uma das mais acolhedoras na Califórnia para provedores de maconha medicinal. O plantio da droga tem sido amplamente regulamentado pela nova lei de Oakland, que exige uma votação final na próxima semana. Se aprovada, permitirá aos agricultores plantar maconha em grande escala, desde que paguem uma taxa de 211 mil dólares anuais, comprovem os antecedentes criminais dos trabalhadores, instalem câmeras de vigilância e sistemas de segurança contra incêndio e paguem seguro.
Se o plano receber a aprovação final, a cidade permitirá o plantio em larga escala em janeiro. No ano passado, os quatro locais licenciados a vender maconha medicinal comercializaram quase 3 toneladas da droga por 28 milhões de dólares. Autoridades municipais estimam que com a nova lei a produção poderá chegar a mais de 31 toneladas por ano. Caso os eleitores da Califórnia aprovem uma moção proposta em novembro que legaliza o uso recreativo da maconha para adultos, a cidade estará bem posicionada para capitalizar o novo mercado.
Durante a reunião de terça-feira, marcada por assobios, vaias e aplausos, o conselho ouviu depoimentos de agricultores que cultivam a droga em pequena escala dentro de armários até de empresários que pretendem criar fazendas de maconha maiores que campos de futebol. Quase todos sugeriram ao conselho a agir com rapidez a ampliar o processo de licenciamento para agricultores de médio porte. “Vocês querem ser o Vale do Silício da maconha?”, perguntou Jeff Wilcox, que procura autorização para uma fazenda industrial para o cultivo da droga. “Então, é preciso começar agora.”
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