Tuesday, September 8, 2009

Exército mexicano prende líder traficante acusado de massacre em clínica

O Exército mexicano prendeu durante a madrugada José Rodolfo Escajeda, conhecido como El Rikin, braço direito e operador do cartel de Carrillo Fuentes, que opera em Ciudad Juárez, junto com outros três cúmplices, informou neste sábado a Secretaria de Defesa. Escajeda é suspeito pela morte de 17 pacientes em uma clínica de reabilitação no norte do México nesta semana, um dos piores ataques nos três anos da guerra contra os cartéis de droga lançada pelo presidente Felipe Calderón.

Considerado um dos mais sangrentos pistoleiros no violento Estado de Chihuahua e um dos líderes do poderoso cartel de Juarez, Escajeda faz parte da lista de mais procurados da DEA (agência antidrogas americana) por contrabando de maconha e cocaína para os Estados Unidos.

O crime na clínica de reabilitação foi cometido por cerca de dez homens armados e encapuzados que entraram na clínica da cidade industrial de Ciudad Juárez, um dos símbolos da violência dos cartéis, na fronteira com o Texas, na quarta-feira (2), alinharam os pacientes e mataram 17 deles

Segundo testemunhas, os pistoleiros disparararam mais de cem vezes, durante 15 minutos seguidos, antes de fugir. Traficantes de drogas têm atuado contra centros de reabilitação, acusando-os de proteger traficantes de grupos rivais. O tráfico na cidade é disputado pelos cartéis de Juárez e de Sinaloa.

O governo tenta ainda reformar a polícia da cidade, acusada de corrupção e pelo assassinato de muitos de seus próprios agentes. Muitos policiais renunciaram com medo de ser o próximo alvo.

Os choques entre os próprios cartéis e entre eles e as forças de segurança já mataram mais de 13 mil no México desde que Calderón assumiu o poder no final de 2006 e lançou uma guerra contra as drogas, um nível de violência que alarmou Washington e preocupam turistas e investidores.

Escajeda é também suspeito pelo assassinato no início do ano de dois membros de uma comunidade americana Mórmon no norte do México que foram brutalmente assassinados por denunciar sequestros do cartel, informou o jornal "Excelsior", da Cidade do México.

A instituição indicou em comunicado que a detenção foi resultado de diversas denúncias sobre a presença de indivíduos armado a bordo de veículos blindados no centro do povoado de Casas Grandes, no estado de Chihuahua, a 200 quilômetros de Ciudad Juárez.

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