PM apreende meia tonelada de maconha na Rocinha e busca cemitério clandestino
Policiais militares realizam nesta sexta-feira uma operação na favela da Rocinha (zona sul do Rio) para localizar depósitos de drogas e armas, além de cemitérios clandestinos. Durante a operação, a polícia encontrou meia tonelada de maconha. Quatro pessoas foram detidas para averiguação.
No início da manhã, houve troca de tiros entre a polícia e traficantes. Comerciantes locais fecharam as lojas com medo do tiroteio, que durou cerca de 20 minutos. De acordo com a Secretaria Estadual de Obras, cerca de 700 operários do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) também paralisaram o trabalho e foram dispensados por causa da operação policial.
Os PMs tentam localizar cemitérios clandestinos na favela. Segundo informações do setor de inteligência da PM, o corpo da engenheira Patrícia Amieiro, 24, desaparecida há pouco mais de um ano, estaria enterrado em uma das localidades da comunidade.
Cerca de 60 homens do Bope (Batalhão de Operações Especiais, da PM) estão na favela desde as 6h, com o apoio de policiais militares do 23 Batalhão (Leblon), da Companhia de Cães e do BPFMA (Batalhão de Polícia Florestal e do Meio Ambiente). A polícia ainda conta com dois helicópteros e dois veículos blindados.
Até o começo da tarde, além da droga, os policiais haviam apreendido um carro roubado, uma espada, munições e fogos de artifício. A PM informou que fechou uma central de TV a cabo clandestina na favela.
Crime
O desaparecimento da engenheira Patrícia Amieiro ainda é considerado um mistério pela Polícia Civil. Dias após o sumiço, policiais encontraram o carro de Patrícia no canal de Marapendi, que fica na entrada da Barra, com marcas de tiros no chão.
Uma das suspeitas levantadas nas investigações é de que policiais tenham se assustado quando o carro capotou e atiraram nele, matando a engenheira e, depois, escondido seu corpo. A hipótese, porém, não foi comprovada.
No dia 24 de junho, o delegado substituto da delegacia de Homicídios do Rio na época, Ricardo Barbosa, afirmou que, segundo as investigações, os tiros que atingiram o carro da engenheira partiram das armas de dois PMs do Batalhão do Recreio dos Bandeirantes. Na ocasião, Barbosa disse à Folha Online que um pedaço do fragmento encontrado no veículo, localizado no canal de Marapendi, é compatível com um dos projéteis dos policiais.
"Foi uma má abordagem policial, mas o porquê deles terem atirado vai ser respondido durante a instrução processual. O fato é que eles atiraram. Foi confirmado que eles atiraram, mas eles negam tudo. As investigações apontam que dois teriam efetuado os disparos porque são calibres diversos", disse o delegado.
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